Neste final de ano recebi uma mensagem de
uma pessoa muito especial que dizia assim:
“Gratidão
eterna! Pelo jardim que nos acolhe, pela luz que nos ilumina, pelo amor que nos
preenche...!”
Nada mais importante para se iniciar o
ano. Primeiramente pelo sentimento de gratidão, que é algo de outro plano de
ser. Mas também porque, em um plano mais terreno, se conseguirmos olhar para
estas coisas, olhar grande, e agradecer – ao Planeta (jardim-vida), ao Sol (luz-consciência)
e ao Infinito Criador (amor) – significa que saímos, por alguns instantes ao
menos, da identificação e da consideração (1).
Desgrudar-se da identificação e da
consideração que permeiam todas as nossas relações com o mundo, com as pessoas
e com nossos próprios centros (2) é o primeiro grande passo em direção à
liberdade de ser...
Creio que não existe meta maior para um
buscador. Tê-la em mente no Ano Novo, antes que se torne imediatamente velho,
condicionado pela mecanicidade de nossas reações e os delírios da nossa
imaginação, parece-me algo muito promissor.
Seja este, portanto, o DO inicial destas
nossas conversas: lembrarmos que envoltos pela
consideração, ou seja, pela nossa autoimportância, nossa autojustificação,
nossa autocomplacência, o sentimento de que somos injustiçados e que o mundo
nos deve algo, etc. – envoltos por essa espécie de cegueira subjetiva não
podemos enxergar realmente nada. Não podemos apreciar todas as dádivas que
recebemos neste Jardim Terrestre nem vislumbrar as vias que nos conectam ao
Jardim Celeste, nossa verdadeira origem.
Então, para 2016 sugiro o
que talvez seja a maior meta para todos nós: resistir à consideração, abrir
os olhos e despertar.
OBS.:
(1) Identificação e
consideração: são alguns dos conceitos básicos do ensinamento gurdjeffiano,
expostos, entre outros, nos livros “Em Busca do Milagroso” e “A Psicologia da
Evolução Possível ao Homem”, de Piotr Ouspenski.
(2) Nossos centros: Intelectual, Emocional, Motor, Biossexual
– idem.
Um Muito
Realmente Novo Ano para Todos!!!
Marciak